sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Raio Laser - 5º Capítulo


RAIO LASER
NOVELA DE DAVI VALLERIO E ALEX SPINOLA
ESCRITA POR ALEX SPINOLA
CAPÍTULO 05

CENA 01. IGREJA DA SALVAÇÃO. SALÃO. INTERIOR. DIA

Continuação imediata da última cena do capítulo anterior. Fiéis perplexos com os gritos horripilantes de Eva e Sofia. A velha chantagista além de estar toda estropiada, descabelada e mancando de uma perna também conta com três dentes a menos em sua boca escancarada. Padre Manoel resolve botar freio no escândalo das duas histéricas.

PADRE MANOEL: Chega!!!!!

As duas se calam. Eva apreensiva, Sofia bufando.

PADRE MANOEL: Mas o que deu em vocês? Dona Sofia, o que aconteceu, pra senhora estar nesse estado?

Sofia encara padre Manoel, depois Eva. Fiéis na maior expectativa. Eva apavorada com o que a velha chantagista está prestes a revelar.

PADRE MANOEL: (para Sofia) Diga, minha filha!
EVA: Padre Manoel, melhor deixar a coitada em paz, ela não parece nada bem...

Sofia estende as mãos em direção à Eva, parece decidida a estrangular a megera. Eva se afasta. A velha avança, até que seu PONTO DE VISTA se revela embaçado, e Eva desaparece de seu campo de visão. Sofia cai dura e seca, diante os pés do padre. Apavorada, Eva respira fundo.

CORTA PARA:

CENA 02. PRONTO SOCORRO DE TORRENTES. RECEPÇÃO. INT. DIA

Eva e padre Manoel zanzando por ali, entre alguns fiéis que seguiram em comitiva até o P.S. Chega o doutor Miguel.

EVA: (torcendo pelo pior) E então, doutor Miguel, é grave?
DOUTOR MIGUEL: Dona Sofia entrou em coma!
PADRE MANOEL: (já fazendo o sinal da cruz) Coma?
EVA: Graças a Deus!

Nem doutor nem padre entendem o alívio dela. Eva percebe a gafe e trata de consertá-la.

EVA: Graças a Deus, né, gente? Do jeito que a mulher caiu dura e seca lá na igreja, pensei que fosse empacotar de uma vez.

Burburinho entre os fiéis. Falatório.

DOUTOR MIGUEL: Calma, minha gente! Isso é muito comum, depois do acidente que ela sofreu!

Eva vai perdendo o chão à medida que doutor Miguel fala.

EVA: (cortando) Acidente? Que acidente? Ela falou alguma coisa, doutor?
DOUTOR MIGUEL: Não, ela já chegou aqui apagada! Mas não é nem preciso ser médico pra perceber que ela foi vítima de um acidente, um atropelamento ou coisa parecida.
PADRE MANOEL: Jesus amado!
EVA: (desconfiada) E como ela está agora, doutor Miguel?
DOUTOR MIGUEL: Já disse, dona Eva! Ela entrou em coma. Tá completamente apagada!
EVA: (sonsa) Apagada mesmo, doutor?
DOUTOR MIGUEL: Totalmente! Mas há chances de recuperação!
PADRE MANOEL: Deus seja louvado!
DOUTOR MIGUEL: Meus amigos, por hora é isso. Agora preciso cuidar da remoção de dona Sofia para o hospital de Alecrim. Precisamos de mais exames, mas aqui não temos condições...

Sebastião chega todo esbaforido, já fazendo campanha.

SEBASTIÃO: Por pouco tempo, viu, doutor Miguel? Por pouco tempo. Logo vou botar Torrentes nos trilhos. Vim a cavalo, assim que fiquei sabendo da notícia, lá na fazenda.
EVA: Olha, doutor Miguel, o que precisar, pode contar com a gente, viu?

Sebastião pisca para Eva, ao imaginar que os préstimos dela vão de encontro com as aspirações políticas dele.

CORTA PARA:                      
          
CENA 03. RUA DEFRONTE AO PRONTO SOCORRO. EXT. DIA

A caminhonete preta parada ali, o cavalo de Sebastião ao lado. Sebastião se despede de padre Manoel e dos fiéis que seguiram em cortejo até o pronto socorro. Com discrição, Eva aproxima-se da frente do veículo, conferindo lataria e para-choques.

EVA: (pensa) Só uns arranhões de nada. Agora é torcer pra essa velha maldita apagar de uma vez! Mas espera aí, e se essa velha estiver fingindo? Será que ela tá de conluio com esse doutor descabelado?

Uma ambulância entra em cena. Doutor Miguel e uma enfermeira conduzem Sofia numa maca para o interior do veículo. Eva pensa rápido.

EVA: Doutor Miguel, eu vou com vocês!
DOUTOR MIGUEL: Não há necessidade dona Eva.
EVA: Eu faço questão, doutor! Além do mais a dona Sofia é uma pessoa sozinha, não tem ninguém por ela, aqui na cidade. É meu dever de cristã!
SEBASTIÃO: (estranha, mas apoia) Eva está certa, doutor. Eu só não vou junto também porque tenho que tratar dos assuntos de campanha lá em São Paulo junto com o Neco Brandão!

Doutor Miguel acaba cedendo. Eva se atira dentro da ambulância.

CORTA PARA:

CENA 04. RIO DE JANEIRO. EXTERIOR. DIA. NOITE

Imagens aceleradas do cotidiano da cidade marcam uma breve passagem tempo. O dia vira noite, num piscar de olhos. "PRIVATE IDAHO" de B-52's marca a passagem.

CORTA PARA:

CENA 05. APARTAMENTO DE CONRADO. SALA PRINCIPAL. INT. NOITE

Clima de festa. CONVIDADOS chegando, Róger faz a recepção, entre eles MALÚ CAPRICCE, 22 anos, chiquérrima, quase um clone da famosa Mader. Flashes espocam na direção dela. Tônia Carreiro, Nelson Motta e o estilista Clodovil em papo animado. Ele nota a chegada de Malu Capricce.

CLODOVIL: E lá vem ela, Malu Capricce, minha ex- manequim predileta.
TÔNIA: Já fez muita abertura de novela, me lembro!Sumida, o que foi?
NELSON: Cocaína, mas agora pelo visto tá bem. O carisma em pessoa!
CLODOVIL: E o veneno também, meu querido! Eu conheço, posso falar. Bela e perigosa. Louca pra se dar bem na vida.
NELSON: E quem não está?

Conrado e Lauro entram. Frisson. Um REPÓRTER vai ter com ROGER.

REPÓRTER: Namoradinho novo do Conrado, hein Róger?
ROGER: Fazendo biscate pra revista de fofoca, querido? Comece a lançar boatos que eu te ponho pra correr na base da tamancada!
CONRADO: (apoia o braço no ombro de Lauro) Show time, Lauro! Vou te apresentar pras pessoas certas! Organizei essa festa para isso!

O repórter lança mão de uma máquina fotográfica e aponta na direção de Conrado e Lauro. Flash dispara e eterniza o momento. Malu se aproxima deles.

MALU: Olá, Conrado, meu amor?

Outro flash inunda a sala.

ROGER: (aproxima-se de Clodovil) Essa daí não perde a mania de ser papagaio de pirata.
CLODOVIL: E ela nem pode se dar ao luxo de ficar invisível, querido, cheirou tudo que tinha. Tá numa pior!

Conrado e Lauro circulam entre os convidados. O repórter faz mais algumas fotos. Malu avista um garçom que circula com uma bandeja de bebidas. Ela o intercepta e pega uma taça com vinho. Roger, sempre atento, nota isso. Clodovil também.

ROGER: (para Clodovil) E a festa promete!
CLODOVIL: Como todas as festas do Conrado Molina, meu bem!

CORTA PARA:

CENA 06. CASA DOS JUAREZ. SALA. INTERIOR. NOITE

Vitrola ligada, vinil a rodar tocando "FOLHA MORTA" de Gal Costa. Eva zanza de um lado para o outro. Copo com Campari na mão. Amanda entra.

AMANDA: Dona Eva, a janta tá na mesa.
EVA: Tive um dia cheio, tô sem fome. Coma você e pode se recolher.
AMANDA: E a dona Sofia, como é que ela tá?
EVA: Internada lá no hospital de Alecrim. Em coma profundo!

Amanda nota a garrafa de Campari sobre a mesinha de centro, esboça recolher.

EVA: Deixa isso aí, Amanda!
AMANDA: A senhora vai me desculpar, mas o seu Sebastião, antes de ir pra São Paulo, disse que era pra eu recolher todas as bebidas...
EVA: (berra) Se você não calar essa boca, a única coisa que você vai recolher serão seus dentes, que eu vou fazer questão de arrancar um por um! Desapareça da minha frente, vai!

Amanda ainda olha para a garrafa de Campari, mas sai chispada.

CORTA PARA:

CENA 07. APARTAMENTO DE CONRADO. SALA PRINCIPAL. INT. NOITE

Festa a todo vapor, tocando "INSENSÍVEL" de Titãs. Roger, agitadíssimo, inspeciona o serviço dos garçons. Conrado e Lauro circulam entre os convidados. Clodovil se aproxima deles.

CLODOVIL: (para Conrado) Então este é o seu mais novo protegido, Conrado?
CONRADO: Mais do que isso, Clô, querido! Lauro Vianna será meu braço direito em todos os meus negócios, e como você bem sabe, são muitos.
CLODOVIL: (para Lauro) E você, menino, não fala nada?
LAURO: Por hora estou mais interessado em ouvir.
CLODOVIL: (meio sem graça) Nossa, que espirituoso.

Com elegância, Conrado e Lauro se afastam.

CONRADO: Adorei a resposta, Lauro. Como eu te disse antes, as pessoas estarão sempre inclinadas a especular sobre a gente, a destilar algum veneno.
LAURO: Pra minha sorte, de veneno eu entendo.
CONRADO: (acha graça) Verdade. Vamos ali, quero te apresentar pro Nelson Motta. Ele tá super entrosado num movimento musical aqui no Rio, que eu tenho interesse em apoiar.

CORTA PARA:

CENA 08. CASA DOS JUAREZ. QUARTO DE EVA. INTERIOR. NOITE

A música de Gal que vem da vitrola da sala ainda inunda o quarto. Eva, diante o espelho da penteadeira, ajeita os cabelos e começa a se maquiar. Sombra, rímel, delineador, batom e suas pulseiras. À medida que cumpre esse ritual e se transforma numa outra mulher, ela se serve de generosas doses de Campari. Amanda observa tudo por uma nesga da porta.

EVA: Que coisa feia, Amanda, espionar os outros.

Amanda se assusta ao ser descoberta, já vai saindo.

EVA: Entra!
AMANDA: Desculpe, dona Eva, eu só vim ver se a senhora tava precisando de alguma coisa.
EVA: Tô precisando, sim. Tô precisando desabafar.
AMANDA: (estranhando) Desabafar?
EVA: (aponta-lhe a cama e acende um cigarro) Senta aí.
AMANDA: Nossa, eu nem sabia que a senhora fumava.
EVA: Tem muita coisa que você não sabe, Amanda. Você não sabe que eu tô cansada dessa vida, cansada de ser o que os outros querem que eu seja. Tô cansada de ser infeliz.
AMANDA: Infeliz? Mas eu acho que a senhora tem tudo...
EVA: Tenho tudo, Amanda? Será que você não vê a minha vida, você não enxerga tudo o que eu tenho que aguentar? Esse casamento de merda, a rebeldia da Lídia em se envolver com o Lauro. Foi por causa deles que o meu Sidney morreu! (ela sorve um longo gole da bebida)... Perdi tudo o que eu mais queria...
AMANDA: O que a senhora perdeu, dona Eva?

Eva fecha os olhos. Entra um INSERT com o rosto de Lauro, sorrindo. Eva saboreia essa memória, uma lágrima cai.

EVA: O que eu perdi, Amanda? A minha vida.

CORTA PARA:

CENA 09. CASA DOS JUAREZ. QUINTAL. EXTERIOR. NOITE

Amanda implora para Eva não sair, ao passo que essa entra em sua caminhonete preta, dá partida e sai cantando os pneus. Amanda embaralha os cabelos, em sinal de preocupação.

CORTA PARA:

CENA 10. ESTRADA NOS ARREDORES DE TORRENTES. EXT. NOITE

Caminhonete preta a toda velocidade. Eva ao volante. Gal ainda cantando. Chorando, sorrindo, recebendo o vento na cara.

CORTA PARA:

CENA 11. APARTAMENTO DE CONRADO. SALA PRINCIPAL. INT. NOITE

E a festa de apresentação de Lauro continua. Ele, Conrado, Tônia Carreiro e Nelson Motta papeando.

NELSON: (para Lauro) Impressionante seu conhecimento na área musical, Lauro, mesmo tão jovem! Conrado acertou em cheio na escolha!
LAURO: Obrigado, Nelson! Passei muitos anos aqui no Rio, estudando. Meu pai... (ele se emociona)... Sempre fez questão disso, queria me preparar pra ocupar o lugar dele, embora a gente divergisse em muita coisa... Mas a gente não teve tempo de se entender.
CONRADO: (nota a emoção de Lauro) Às vezes a vida não nos dá tempo, Lauro. É assim. Mas vamos deixar o passado ali, num cantinho, pra depois aprender a lidar com ele. Hoje é noite de festa, e eu não quero te ver triste.
TÔNIA: É isso mesmo! O que importa agora é que o destino colocou vocês dois assim, frente a frente.
CONRADO: (descontraído) Por essa sua cara maliciosa, tá achando que Gilberto vai se inspirar em mim e Lauro pra próxima novela, né Toninha?
TÔNIA: (sorri) E a censura deixa, querido?

Risos gerais. Malu chega.

MALU: (para Conrado) Conrado, meu amor, posso roubar o seu amigo, o Lauro. A sua pista de dança está me chamando.
CONRADO: Você pode tudo, deslumbrante!
MALU: (charmosa, encara Lauro) E então, gato, vamos?

CORTA PARA:

CENA 12. ESTRADA FORA DE TORRENTES. EXTERIOR. NOITE

Caminhonete preta em movimento. Eva visualiza um posto de gasolina. Freia bruscamente.

CORTA PARA:                           

CENA 13. PÁTIO DO POSTO DE GASOLINA. EXTERIOR. NOITE

Eva salta da caminhonete. Uma placa de sinalização plantada no meio do pátio do posto nos fornece sua localização: RIO DE JANEIRO, 30 km. Eva olha para a placa e faz aquela carinha de “quem sabe”. O frentista vem atendê-la.  Um grupo de JOVENS se diverte por ali, ao redor de um Monza, com as portas abertas. Eles chamam a atenção de Eva. Do interior do veículo vem uma musica dançante, é "RELAX" de Frankie goes to Hollywood. CORTA DESCONTÍNUO PARA: Eva interagindo com os jovens, que se divertem na medida em que ela dança e bebe na companhia deles, ao som da música pop que vem do interior do veículo, rodopiando entre eles, agitando suas pulseiras.

CORTA PARA:

CENA 14. APARTAMENTO DE CONRADO. TERRAÇO. EXTERIOR. NOITE

Terraço convertido em pista de dança. Convidados se esbaldando ao som de "SIMPLY IRRESISTIBLE" do Robert Palmer. Lauro não está tão relaxado, mas de certa forma se sente hipnotizado pela sensualidade chique de Malu. Ela joga os braços sobre os ombros dele.

MALU: A festa está ótima. Você já foi apresentado aos amigos do Conrado. Acho que já tá na hora da gente cair fora.
LAURO: Oi?

CORTA PARA:

CENA 15. BOATE HELP. PISTA DE DANÇA. INT. NOITE

Casa lotada. Malu e Lauro na pista,copos de bebida na mão.Agora dançam uma música lenta, é "EYES WITHOUT A FACE" de Billy Idol. Lauro está nitidamente mais solto e mais hipnotizado por ela. Mas seu PONTO DE VISTA nos mostra que ele, em flashes super-rápidos, não enxerga ela, a belíssima Malu diante dele, e sim, LÍDIA, o grande amor de sua vida.

CORTA PARA:

CENA 16. APARTAMENTO DE CONRADO. SALA PRINCIPAL. INT. NOITE

Conrado circula entre os convidados. Roger chega.

ROGER: (discreto) Conrado. Tava demorando, mas a Malu Capricce já arrastou o Lauro pra algum lugar.
CONRADO: Não precisa fazer drama, Roger. Mais cedo eu pedi a ela que desse uma atenção a ele, pra se entrosar mesmo.
ROGER: (torce o nariz) Entendi. E aquela ali, pra se entrosar, não custa nada.
CONRADO: Não é desse tipo de entrosamento que eu estou falando, Róger! Não se faça de louca. Mas se alguma coisa rolar entre eles, vai ser bom pro Lauro. Aquele charme da Malu, uma coisa meio decadence avec elegance, é irresistível e eu adoro!
ROGER: Uma obsessão por canudos...
CONRADO: De todos os tipos!

Os dois caem na gargalhada.

CORTA PARA:

CENA 17.  PÁTIO DO POSTO DE GASOLINA. EXTERIOR. AMANHECER.

Os primeiros raios de sol a refletir no para-brisa da caminhonete preta. Eva, com a cabeça recostada no volante, sente o calor e desperta. Ela olha ao redor, passa a mão pelos cabelos e faz aquela cara de quem sente gosto de cabo de guarda-chuva na boca.

CORTA PARA:

CENA 18. POSTO DE GASOLINA. LOJINHA. INTERIOR. MANHÃ

Já amanheceu. O FRENTISTA serve um café preto para Eva e segue na sua tarefa de arrumar jornais numa prateleira. Ela o acompanha.

EVA: É tudo de hoje?
FRENTISTA: Sim, senhora. Vem tudo da capital. (ele passa a exibir os exemplares para ela) Tem de economia, política, até de fofoca!
EVA: Dá um de fofoca. Porque de política eu ando cheia.
FRENTISTA: (acha graça) Prontinho! Tá na mão!

CORTA PARA:

CENA 19. PÁTIO DO POSTO DE GASOLINA. EXT. MANHÃ

Eva entra na caminhonete, folheando o jornaleco. Página por página, vai se deliciando com as matérias sensacionalistas sobre os famosos. Folheia mais algumas páginas, até que sua expressão muda. Os olhos ficam injetados de ódio. Seu PONTO DE VISTA nos mostra uma fotografia, em preto e branco, bem no meio na página, com Conrado e Lauro abraçados, na festa da noite passada. Sem sombra a mesma imagem que o repórter fez na sala de Conrado. Uma legenda garrafal ilustra a imagem: “CONRADO MOLINA E LAURO. O CASAL SENSAÇÃO DA NOITE CARIOCA.”.

EVA: (amassando o jornal) Maldito desgraçado. Eu acabo com a sua raça!

Ela dá partida no motor. Engata a primeira e fixa novamente seu olhar na placa de sinalização plantado no pátio do posto de gasolina. Onde se pode ler: RIO DE JANEIRO, 30 km.

CORTA PARA:

FIM DO CAPÍTULO 05



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