quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Que venha a revolução.

ATENÇÃO: Contem alguns Spoilers.

Nós somos escravos. Somos escravos da tecnologia, dos meios de transporte, da energia. Viver em um mundo em que isso não exista seria um inferno. Impensável. Não para as mentes de JJ Abrams (Fringe, Lost e recentemente Star Wars) e Erick Kripke (Supernatural) e para as mãos habilidosas de Jon Favreau (Homem de Ferro). O trio nos apresenta Revolution, um mundo pós - apocalíptico em que as pessoas, há 15 anos vivem sem nenhuma fonte de energia ou tecnologia.

Na série, Charlie (Tracy Spiridakos) vê seu mundo virar de pernas pro ar quando seu pai Ben (Tim Guinee) é assassinado e seu irmão Danny (Grahan Rogers) é sequestrado por Tom Neville (Giancarlo Esposito, mais conhecido como espelho falante de Once Upon a Time), comandante chefe de uma milícia comandada por Monroe (David Lyons, The Cape), que tenta, a todo custo entender o blackout e encontrar uma fonte de energia. E para isso não mede esforços nenhum, até mesmo trair seu melhor amigo. Para Charlie conseguir resgatar seu irmão, seu pai lhe fala, antes de morrer, que tem um irmão Milles (Billy Burke – aka Charlie Swan) que poderá lhe ajudar. Então Charlie sai a procura desse tio e junto com ele tenta resgatá-lo.

A trama não parece lá muita coisa à primeira vista. O piloto não tem um “chama” muito forte, mas o que me chamou a atenção foi justamente o fato de ver como seria um mundo pós tecnologia. Viveríamos como na idade média, mas sabendo que já tivemos todo o conforto que esta ‘senhora’ pode nos trazer. O caos surgiu, vilas feudais voltaram à moda, e pasmem, a moral e a civilidade perderam lugar para a teoria de Darwin – Somente o mais forte sobreviverá.
Onde deixei meu ursinho?

A protagonista também não é o tipo de personalidade que talvez prenda a atenção. Ela é muitas vezes infantil e chorona, mas contrabalança com Milles, o tipo de cara “durão” que toma as rédeas da missão salvando parte da produção. Outra coisa que não combinou muito foi David Lyons como vilão. Ele tem um rosto bonzinho demais para alguém poderoso, frio e calculista como o personagem Monroe deve ser, além de que nos constantes ‘flashbacks’ da série ele, nitidamente demonstra ser fraco, submisso e completamente dedicado ao seu grande amigo (Que não vou contar quem é para não estragar uma das boas surpresas da série).
Você não é a Bella, não é?

O roteiro pode ser previsível, mas com algumas boas surpresas. A série não é de todo ruim, seu ritmo acelerado ajuda a não ficarmos muitos episódios ‘no escuro’ imaginando sobre os problemas causados pelo blackout.

Li que o roteiro é previsível demais e que, para um mundo apocalíptico, é tudo limpo demais, mas o apocalipse não se deu por conta de um vírus que transformou todo o mundo em zumbis ou vampiros, o apocalipse aconteceu apenas pela falta de luz, não tirou das pessoas a capacidade de “tomar banho” nem transformou as cidades em grandes cidades fantasmas, apenas tirou das pessoas a luz e o conforto.

É um syfy, talvez as pessoas que não gostem do gênero torçam o nariz para a série, mas é um bom entretenimento. Em uma era de zumbis e vampiros, assistir algo um pouco mais ‘humano’ é bom.

A série tem potencial e espero que JJ Abrams mantenha este ritmo à produção e não se perca como aconteceu com Lost. É esperar para ver.

Vanessa Carvalho.

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